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ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home2/paro0895/public_html/paroquiasaomanuel.com.br/wp-includes/functions.php on line 6121Em caso de ren\u00fancia, Francisco n\u00e3o seria Papa em\u00e9rito, mas “simplesmente bispo em\u00e9rito de Roma”, vivendo na Santa Maria Maior “para voltar a ser confessor e levar a comunh\u00e3o aos enfermos”. \u00c9 o pr\u00f3prio Pont\u00edfice quem esclarece o cen\u00e1rio poss\u00edvel em caso de ren\u00fancia que, no entanto, sublinha, “\u00e9 uma hip\u00f3tese distante” porque n\u00e3o existem “motivos t\u00e3o graves” para fazer pensar a esta possibilidade, nunca levada em considera\u00e7\u00e3o “apesar dos momentos de dificuldade”. Esta \u00e9 uma das principais passagens do livro autobiogr\u00e1fico do Papa Francisco intitulado “Vida. A minha hist\u00f3ria na Hist\u00f3ria”, escrito com Fabio Marchese Ragona, vaticanista do grupo televisivo Mediaset. O livro ser\u00e1 lan\u00e7ado no dia 19 de mar\u00e7o nos Estados Unidos e na Europa pela HarperCollins e o jornal italiano Corriere della Sera antecipa nesta quinta-feira, 14 de mar\u00e7o, alguns passos. N\u00e3o h\u00e1 \u201ccondi\u00e7\u00f5es de ren\u00fancia\u201d, esta ainda \u00e9 a indica\u00e7\u00e3o de Francisco, a menos que surja \u201cum grave impedimento f\u00edsico\u201d, possibilidade que seria respondida por uma \u201ccarta de ren\u00fancia\u201d depositada na Secretaria de Estado assinada por Bergoglio no in\u00edcio de seu pontificado. Uma eventualidade hoje remota porque o Papa, goza de \u201cboa sa\u00fade e, se Deus quiser, ainda h\u00e1 muitos projetos a realizar\u201d.<\/p>\n\n\n\n
As mais de trezentas p\u00e1ginas retratam todos os aspectos da vida de Francisco, desde a rela\u00e7\u00e3o com a fam\u00edlia, especialmente com os av\u00f3s, a emigra\u00e7\u00e3o de seus parentes para a Argentina, em 1929, e a “pequena paix\u00e3o” que viveu durante o per\u00edodo do semin\u00e1rio. “\u00c9 normal, caso contr\u00e1rio n\u00e3o ser\u00edamos seres humanos. Eu j\u00e1 tinha tido uma namorada antes, uma jovem muito d\u00f3cil que trabalhava no mundo do cinema que depois se casou e teve filhos. Dessa vez, eu estava no casamento de um dos meus tios e fiquei deslumbrado com uma jovem. Ela realmente fez minha cabe\u00e7a girar por causa de sua beleza e intelig\u00eancia. Durante uma semana, a imagem dela estava sempre na minha mente e foi dif\u00edcil para mim rezar! Felizmente, isso passou e eu me dediquei de corpo e alma \u00e0 minha voca\u00e7\u00e3o”, escreve o Papa no livro. No texto, Francisco fala tamb\u00e9m da II Guerra Mundial, com seu dram\u00e1tico ep\u00edlogo at\u00f4mico. \u201cO uso da energia at\u00f3mica para fins de guerra \u00e9 um crime contra o homem, contra a sua dignidade e contra qualquer possibilidade de futuro na nossa Casa comum\u201d, reitera mais uma vez Francisco, que levanta a importante quest\u00e3o de como podemos ser “defensores da paz e justi\u00e7a se constru\u00edmos novas armas de guerra”. As p\u00e1ginas percorrem a hist\u00f3ria da ditadura argentina, dos profundos la\u00e7os de Bergoglio com quem n\u00e3o saiu vivo, de seu compromisso em acolher os jovens em situa\u00e7\u00e3o de risco durante o regime do General Jorge Rafael Videla, e tamb\u00e9m da tentativa fracassada de salvar a sua professora Esther, que foi muito importante para a sua forma\u00e7\u00e3o. O que aconteceu na Argentina \u201cfoi um genoc\u00eddio geracional\u201d, escreve novamente o Papa, que n\u00e3o deixa de se deter nas acusa\u00e7\u00f5es feitas v\u00e1rias vezes a ele de ter sido de alguma forma conivente com a ditadura, desmentidas pela evid\u00eancia de sua oposi\u00e7\u00e3o “a essas atrocidades”. Francisco escreve sobre Ester, uma mulher “verdadeira comunista”, ateia “mas respeitosa” que “apesar de ter suas ideias, nunca atacou a f\u00e9. E ele me ensinou muito sobre pol\u00edtica.” Uma recorda\u00e7\u00e3o que oferece ao Papa a oportunidade, mais uma vez, de repetir que “falar dos pobres n\u00e3o significa automaticamente ser comunista”, pois “os pobres s\u00e3o a bandeira do Evangelho e est\u00e3o no cora\u00e7\u00e3o de Jesus”, e que “nas comunidades crist\u00e3s se partilhava a propriedade: isto n\u00e3o \u00e9 comunismo, isto \u00e9 cristianismo puro!”<\/p>\n\n\n\n
O livro continua o seu percurso entre a \u00e1rdua defesa da vida humana, “desde a concep\u00e7\u00e3o \u00e0 morte”, onde o aborto “\u00e9 homic\u00eddio”, praticado por “assassinos contratados, sic\u00e1rios”, e a pr\u00e1tica do “\u00fatero de aluguel” \u00e9 “desumana”, sem transcurar o cap\u00edtulo do futebol, paix\u00e3o do Papa, que escreve sobre Maradona, Messi, e fala porque n\u00e3o v\u00ea na TV os jogos da Argentina. As p\u00e1ginas percorrem o per\u00edodo que passou em C\u00f3rdoba, de onde nasce a reflex\u00e3o do Papa sobre os erros cometidos por causa de sua “atitude autorit\u00e1ria”, tanto que foi acusado de ser ultraconservador. “Foi um per\u00edodo de purifica\u00e7\u00e3o. Eu estava muito fechado comigo mesmo, um pouco deprimido”, escreve.<\/p>\n\n\n\n
A ren\u00fancia de Bento XVI, o conclave sucessivo e a sua elei\u00e7\u00e3o como Pont\u00edfice, com a escolha do nome Francisco, s\u00e3o outro cap\u00edtulo da autobiografia em que Francisco descreve a sua dor por ter visto a figura do Papa em\u00e9rito “instrumentalizada”, “com prop\u00f3sitos ideol\u00f3gicos e pol\u00edticos por pessoas sem escr\u00fapulos”, e pelas consequentes “pol\u00eamicas” que “n\u00e3o faltaram em dez anos e fizeram mal a ambos”. “Vida. A minha hist\u00f3ria na Hist\u00f3ria”, atravessa o momento da pandemia, relembra os apelos sobre a riqueza das culturas e das diferen\u00e7as dos povos da Uni\u00e3o Europeia, com a esperan\u00e7a de que estes apelos sejam ouvidos pelo primeiro-ministro h\u00fangaro Orban, “para que entenda que h\u00e1 sempre uma grande necessidade de unidade”, e por Bruxelas “que parece querer uniformizar tudo, para que respeite a singularidade h\u00fangara”. No livro, Francisco aborda os temas para ele de grande interesse, como a prote\u00e7\u00e3o da cria\u00e7\u00e3o dirigida aos jovens, pede-lhes que \u201cfa\u00e7am barulho\u201d, porque \u201co tempo est\u00e1 se esgotando, n\u00e3o nos resta muito para salvar o planeta”. A Igreja que Francisco imagina \u00e9 uma \u201cIgreja m\u00e3e, que abra\u00e7a e acolhe a todos, mesmo quem se sente errado e quem foi julgado por n\u00f3s no passado\u201d, referindo-se aos homossexuais ou transexuais \u201cque procuram o Senhor e que, em vez disso, foram rejeitados ou expulsos”. Francisco repete o seu sim \u00e0s \u201cb\u00ean\u00e7\u00e3os para os casais irregulares\u201d, porque todos s\u00e3o amados por Deus, \u201cespecialmente os pecadores\u201d. E se os irm\u00e3os bispos decidirem n\u00e3o seguir este caminho, n\u00e3o significa que isto seja a antec\u00e2mara de um cisma, porque a doutrina da Igreja n\u00e3o \u00e9 colocada em causa\u201d.<\/p>\n\n\n\n
E se o casamento homossexual permanece imposs\u00edvel, o mesmo n\u00e3o acontece com as uni\u00f5es civis, porque \u201c\u00e9 justo que estas pessoas que vivem o dom do amor possam ter cobertura jur\u00eddica como todas as outras\u201d. Como em outros momentos, as palavras de Francisco s\u00e3o uma recomenda\u00e7\u00e3o para fazer com que as pessoas muitas vezes marginalizadas dentro da Igreja se sintam em casa, \u201cespecialmente aquelas que receberam o batismo e s\u00e3o, em todos os aspectos, parte do povo de Deus. E quem n\u00e3o recebeu o Batismo e deseja receb\u00ea-lo, ou quem deseja ser padrinho ou madrinha, seja bem-vindo”. O Pont\u00edfice n\u00e3o esconde as feridas que lhe s\u00e3o causadas por quem acredita que ele \u201cest\u00e1 destruindo o papado\u201d, e se h\u00e1 \u201csempre quem tenta frear a reforma, quem gostaria de permanecer preso nos tempos do Papa-Rei”, permanece o fato de que, embora “a do Vaticano seja a \u00faltima monarquia absoluta da Europa”, e que l\u00e1 “muitas vezes se fazem racioc\u00ednios e manobras de c\u00f4rte, estes esquemas devem ser definitivamente abandonados”.<\/p>\n\n\n\n
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