rank-math domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home2/paro0895/public_html/paroquiasaomanuel.com.br/wp-includes/functions.php on line 6121trendy-news foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home2/paro0895/public_html/paroquiasaomanuel.com.br/wp-includes/functions.php on line 6121No in\u00edcio eram 12 e atualmente s\u00e3o mais de 2 bilh\u00f5es que dizem professar a f\u00e9 crist\u00e3 ao redor do mundo. No Brasil, ainda se configura o lar da maior popula\u00e7\u00e3o crist\u00e3 da Am\u00e9rica Latina, e tamb\u00e9m o local com maior n\u00famero de cat\u00f3licos em todo o planeta. N\u00e3o \u00e9 novidade que o catolicismo brasileiro se iniciou juntamente com a coloniza\u00e7\u00e3o europeia e fora a religi\u00e3o oficial do Estado no s\u00e9culo XIX, envolvendo-se assim, com as vidas pol\u00edtica e social dos cidad\u00e3os. Mesmo atualmente, com a Constitui\u00e7\u00e3o garantindo a liberdade de culto, a influ\u00eancia cat\u00f3lica ainda pode ser notada at\u00e9 mesmo em datas comemorativas que alteram o calend\u00e1rio civil do pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n
Mas qual seria a real diferen\u00e7a entre aqueles 12 disc\u00edpulos que estiveram com Jesus e os bilh\u00f5es de crist\u00e3os atuais? O que realmente mudou se o modelo que perseguimos e as leis de Cristo n\u00e3o se alteraram? \u00c9 controverso, mas talvez a resposta esteja justamente na pr\u00f3pria pergunta: o fator tempo \u2013 vari\u00e1vel invis\u00edvel com a qual o ser humano ainda n\u00e3o compreendeu totalmente. <\/p>\n\n\n\n
A ideia de um tempo linear, sem retornos, foi defendida pelos hebreus e persas zoroastras, e incorporada pelos crist\u00e3os. Foi introduzida a cren\u00e7a em acontecimentos \u00fanicos, como por exemplo a crucifica\u00e7\u00e3o e ressurrei\u00e7\u00e3o de Cristo. Tamb\u00e9m o apocalipse descreve o fim de um mundo, indicando que haver\u00e1 o encerramento de um ciclo que n\u00e3o se repete mais. No s\u00e9culo IV, em seu livro Confiss\u00f5es<\/em>, Santo Agostinho respondia \u00e0 indaga\u00e7\u00e3o sobre o que \u00e9 o tempo da seguinte forma: \u201cse ningu\u00e9m me perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, j\u00e1 n\u00e3o sei\u201d.<\/p>\n\n\n\n O controle e a apropria\u00e7\u00e3o do tempo, no decorrer do processo hist\u00f3rico estiveram sempre atrelados ao poder e a riqueza. Na China antiga, por exemplo, um calend\u00e1rio era um pr\u00e9-requisito \u00e0 soberania e cada imperador costumava marcar seu per\u00edodo com a promulga\u00e7\u00e3o de um novo calend\u00e1rio. Desse modo, era poss\u00edvel reger as atividades di\u00e1rias (principalmente nas vilas), desde as dos soldados \u00e0s dos artes\u00f5es; prever os per\u00edodos de colheita ou plantio e promulgar datas dos rituais religiosos.<\/p>\n\n\n\n Tal quest\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 discutida em Plat\u00e3o que afirmava que o tempo nasceu quando um ser divino colocou ordem e estruturou o caos primitivo; o tempo teria, portanto, uma origem cosmol\u00f3gica. J\u00e1 seu disc\u00edpulo, Arist\u00f3teles, considerava importante o mundo observado e entendia a no\u00e7\u00e3o do tempo como intr\u00ednseca ao Universo. Na filosofia aristot\u00e9lica o mundo existia na forma de seu modelo cosmol\u00f3gico geoc\u00eantrico (a Terra est\u00e1tica no centro dos outros astros) desde sempre. Ele, como a maioria dos pensadores gregos da \u00e9poca, n\u00e3o acreditava na ideia de um momento inicial da cria\u00e7\u00e3o do Universo, mas era de comum pensamento a ideia de que o tempo \u00e9 um elemento que n\u00e3o se pode repor na marcha linear dos dias, ele reveste-se de valor \u00fanico; assim, a felicidade est\u00e1 comprometida com essa marcha, os homens, se querem ser felizes, precisam saber como dispor dele.<\/p>\n\n\n\n Fica claro, portanto, que a ideia de tempo n\u00e3o possui uma \u00fanica explica\u00e7\u00e3o plaus\u00edvel ao longo da hist\u00f3ria, mas quando foi aqui aludida a ideia temporal para a explica\u00e7\u00e3o da poss\u00edvel diferen\u00e7a entre os dozes ap\u00f3stolos e os crist\u00e3os atuais, havia o objetivo de aventar a ideia do afastamento. Explico: a presen\u00e7a de Cristo vivo e humano gerou seguidores pelos seus feitos e ensinamentos; mas como bem dizem algumas passagens b\u00edblicas sobre a nossa terra f\u00e9rtil, nem sempre o solo se encontrava em bom estado para dar fruto. O mesmo tempo que produz e aumenta a f\u00e9, tamb\u00e9m pode produzir o ceticismo.<\/p>\n\n\n\n O que se percebe no momento atual \u00e9 a forte carga temporal se sobressaindo diante da fraca cren\u00e7a, e o afastamento tem acontecido de maneira gradual entre os ditos crist\u00e3os e at\u00e9 mesmo dentre os que seguem o catolicismo de maneira constante e regular ao cumprir seus deveres dominicais. Ser crist\u00e3o se reduziu a preceitos, regras e ditames sem a reflex\u00e3o profunda do motivo principal de cada ato. N\u00e3o \u00e9, todavia, excluir as normas, mas entend\u00ea-las ao ponto de coloc\u00e1-las na pr\u00e1xis di\u00e1ria, porque ser cat\u00f3lico somente aos domingos e dias santos nunca ser\u00e1 a maneira correta de se chegar a Deus, mas talvez a maneira mais f\u00e1cil de se chegar ao obscurantismo.<\/p>\n\n\n\n Alias, \u00e9 no limbo da escurid\u00e3o que muitos se encontram. Parece que a Caverna de Plat\u00e3o nunca esteve t\u00e3o viva nos tempos atuais \u2013 raros s\u00e3o os que querem deixar a verdadeira cegueira de lado, porque para tal, necessita vontade, esfor\u00e7o, anula\u00e7\u00e3o, comprometimento, necessita at\u00e9 mesmo afastamento da t\u00e3o desej\u00e1vel felicidade mundana em prol de uma lan\u00e7ar-se em Cristo sem ter em seus bolsos a certeza e o controle t\u00e3o cobi\u00e7\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n Se no passado pregava-se a convers\u00e3o do indiv\u00edduo, o que se v\u00ea agora \u00e9 a for\u00e7ada aceita\u00e7\u00e3o; a teologia est\u00e1 tendo que se adaptar \u00e0 (falta de) moral que prevalece, ou seja, h\u00e1 nela a incumb\u00eancia pela disposi\u00e7\u00e3o em se adaptar ao pecado de cada um para que aquele dito crist\u00e3o seja enfim aceito. O pecador n\u00e3o \u00e9 mais inclu\u00eddo atrav\u00e9s da convers\u00e3o, mas da aceita\u00e7\u00e3o. A premissa de se anular para viver conforme Cristo vivia ficou totalmente esquecida.<\/p>\n\n\n\n A liberdade que a cada dia parece ser confundida com a total libertinagem tem sido fator preponderante na caminhada de um verdadeiro disc\u00edpulo. As permissividades das gera\u00e7\u00f5es atuais t\u00eam dificultado a sobriedade que n\u00e3o deve ser buscada apenas pelos que possuem problemas de depend\u00eancia de alguma esp\u00e9cie, mas a todos os que buscam a temperan\u00e7a e o equil\u00edbrio de viver na corda bamba de um mundo que a cada instante muda e inverte os seus valores.<\/p>\n\n\n\n \u00c9 verdade que n\u00e3o lutamos contra seres humanos, mas \u201ccontra principados e potestades, contra os dominadores deste sistema mundial em trevas, contra as for\u00e7as espirituais do mal nas regi\u00f5es celestiais.\u201d(Ef\u00e9sios 6:12), e para esse combate n\u00e3o adianta nos munirmos das armas do mundo, porque elas mesmas nos destroem ao menor sinal de fraqueza. <\/p>\n\n\n\n Das in\u00fameras pessoas ditas cat\u00f3licas ao redor do mundo, poucos, talvez, sejam realmente convertidos e estejam dispostos a se voltarem de cabe\u00e7a e cora\u00e7\u00e3o \u00e0s verdades propagadas h\u00e1 mais de dois mil anos. Poucos, talvez, rasguem o seu pr\u00f3prio eu para darem lugar ao Deus que se fez homem; poucos enfrentem a piracema di\u00e1ria a fim de morrer a cada dia para o mundo e renascer a cada instante em Cristo. Poucos, bem poucos, talvez uns doze\u2026<\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n