Manoel nasceu na Pérsia, por volta do ano de 340, onde era governada por Sapor II. Membro de uma ilustre família persa, seu pai era pagão e possuía na corte um dos mais altos postos de sacerdote do Zoroastrismo, mas permitia que sua mulher, cristã, educasse os filhos no cristianismo.
Quando atingiu a idade adulta, Manoel ingressou no serviço militar e destacou-se como um embaixador do Império Persa. Foi enviado a Constantinopla, junto de seus irmãos Ismael e Sabel, para negociar um Tratado de Paz entre sua pátria, a Pérsia e o Império Romano. O governante de Constantinopla, enviou-os à Roma para tratar diretamente com o Imperador Juliano. [2]
Juliano recebeu Manoel e seus irmãos com honras de Estado em seu palácio, em determinado momento obrigou os embaixadores da Pérsia a prestar culto ao Sol e participar em sacrifícios a outros deuses pagãos, diante da recusa dos embaixadores cristãos ordenou que lhes fosse imposta a pena a qual eram condenados os cristãos: o martírio.
Sendo Manoel o primogênito, foi atravessado com um cravo de ferro em cada ombro e outro atravessou-lhe de ouvido a ouvido. Também lhe foram enfiaram lascas afiadas sob as unhas das mãos e dos pés. Durante os tormentos, os irmãos glorificaram a Deus e oraram como se não sentissem dor.[3]
Finalmente, os Mártires foram decapitados e Juliano ordenou que seus corpos fossem queimados, porém após a morte de Manoel e de seus irmãos, um forte tremor de terra soterrou seus corpos antes que fossem reduzidos a cinzas.
Após o episódio, os persas, ofendidos pela matança de seus embaixadores, redobraram seus esforços na guerra e conseguiram uma virada no conflito. O próprio imperador Juliano foi ferido de morte, por uma lança desconhecida não resistindo ao ferimento, onde teria dado um último grito de desespero com as palavras: ”Tu vencestes, ó Galileu!” Reconhecendo a vitória de São Manoel e dos cristãos sobre o paganismo.[4]
Com sua morte, terminou definitivamente a perseguição aos cristãos, e a Igreja voltou a relativo tempo de paz.[5]
Oração de São Manuel
Oh! Glorioso Mártir São Manuel, perfeito modelo de paciência que suportastes toda sorte de humilhações, até derramardes o vosso sangue e chegardes ao ponto de dardes á vida por amor de Jesus, tudo isso com paciência, a mais perfeita; alcançai-nos de Jesus, abraçar sempre com todo amor a pequena cruz das contrariedades e aflições, inevitáveis nesta vida.
À vossa poderosa intercessão recorro cheio de confiança. Ensinai-me a vencer os movimentos da ira e impaciência, aceitando corajosamente as humilhações que as pessoas me fizerem, a fim de provar meu amor ao nosso amável Senhor, Jesus Cristo, a quem sejam dadas todas as honras e glórias por todos os séculos, dos séculos. Amém.
Fonte: Wikipédia