O amor se fortalece nos pequenos e simbólicos gestos do dia a dia
Quantas vezes já ouvimos as pessoas nos dizerem “Eu creio, mas não sou praticante”? Como se bastasse acreditar e como se a prática estivesse um pouco desatualizada. Da mesma forma, na vida a dois, um pode querer se livrar facilmente de ter que praticar o amor quando tem certeza que ama o outro – e quando isso deve ser suficiente para satisfazê-lo.
“Você sabe muito bem que eu disse ‘eu te amo’ quando nos casamos, e que isso ainda se aplica!”, costumam dizer. Mas aí é que está: quem sabe que é amado aprecia ainda mais ouvir o outro dizer dizer que ama, mostrar, provar com gestos, palavras, atitudes. O fogo na lareira não precisa ser alimentado regularmente com toras e ser sacudido com frequência para reacender a chama?
Apreciamos com alegria os gestos do outro que nos diz sobre seu amor, e esquecemos que devemos esbanjar o nosso amor em troca. O amor vem com o amor, ele se fortalece com exercícios.
Portanto, aqui estão cinco gestos para fortalecer o amor conjugal:
1. Dizer “Eu te amo”
Algumas pessoas devem pensar que dizer “eu te amo” pode fazer a boca cair, de tão raro que é pronunciar essas palavras. E vai ficando pior ao longo dos anos. Os noivos dizem “eu te amo” cinco vezes ao dia, os casados cinco vezes por semana, os mais maduros cinco vezes por mês…Conheço casais mais velhos que há vários anos não dizem “eu te amo” um para o outro.
O fato é que o “sim” inicial do relacionamento é renovado nestes regulares “eu te amo”. Nem sempre medimos o poder dessas três palavras que começam com “eu”, para nos encorajar à ação, depois com “você”, quem é o destinatário do amor e quem nos afasta de nós mesmos e, finalmente, pelo verbo de ação “amar”! Os espanhóis dizem Te quiero e os italianos Te voglio bene colocando o outro em primeiro lugar e esquecendo o “eu”! Existem muitas variações: “Você é meu amor, meu tesouro …”, com efeitos igualmente deliciosos.
2. Pedir Desculpa
“Desculpa”! Esta pequena palavra mágica é difícil de pronunciar porque requer humildade. No entanto, este esforço traz tanta paz e reconciliação! Mas por que muitos não pedem desculpa? Talvez seja por falta de costume, falta de educação neste bom hábito ou por dificuldade interior. Vivemos o perdão nas pequenas coisas. E depois as vivemos nas grandes ofensas. Perdoar é sinônimo de amar. Pedir perdão é adotá-lo!
3. Agradecer
sso mundo está redescobrindo a gratidão, uma virtude conhecida dos antigos, especialmente quando é magnetizada pelo Autor da graça. No casal, trata-se de perceber mais as coisas boas do outro do que de suas faltas, de silenciar as censuras para pensar em encorajar com mais frequência, de alegrar-se com o que é bom antes de corrigir o que está errado. Um “obrigado” do fundo do coração refaz um coração entristecido pelo cansaço, um cônjuge fechado por uma discussão, uma mente aflita pelo cansaço. Um agradecimento acende os olhos com um sorriso recém-descoberto.
4. Prontificar-se a ajudar
O amor não deve permanecer teórico, mas pode ser provado através do desejo de ajudar o outro, de servi-lo. A mão é uma extensão do coração, é bem sabido. E a mão faz maravilhas para cumprir sua parte nas tarefas domésticas, na educação dos filhos e nos muitos serviços que são bons para o outro cônjuge.
5. Praticar a Ternura
O amor conjugal tem três marcas essenciais que o personificam profundamente no coração da vida a dois: perdão, serviço e ternura. Na ausência de um ou dois deles, não é de admirar que o amor esteja diminuindo. A ternura aloja-se no cotidiano, através de gestos, palavras, sorrisos e uma afetuosa benevolência. Abraços castos, carícias delicadas, palavras ternas e olhares fixos alimentam os momentos fugazes e reconfortantes dos cônjuges. A ternura envolve a sexualidade e dá a ela seus aposentos de nobreza.
Fonte: Aleteia