Para que um jovem assuma a vida religiosa ou presbiteral, é necessário um tempo suficiente para sua experiência de amadurecimento humano, afetivo, intelectual, comunitário e espiritual. Para crescer nessas dimensões é necessário muita paciência, treinamento, fé e – porque não dizer – fracassos.
O Seminário ou Casa de Formação é um lugar especial das experiências de crescimento, que vive numa dinâmica de aprendizagem de “ensaio e erro”. Na Comunidade de Formação, a vivência dos valores evangélicos, formandos e formadores vão crescendo juntos, desconstruindo paredes e reconstruindo a casa interior no solo seguro da Igreja.
Cada Congregação ou Diocese tem um jeito de ser, um Carisma e uma Espiritualidade que distingue uma da outra. Aí reside um a riqueza incomensurável. Todas tem exigências a serem cumpridas, critérios para a formação, trabalhos diferentes, modo de alcançar resultados na Missão. Dessa forma, não é possível aplicar á Formação de todas as Congregações uma quantidade de tempo único para o término da Formação Inicial.
“Não é a quantidade de tempo que garante que o formando ou a futura Freira estarão bem equiparados e prontos para enfrentar os desafios da evangelização”.
Não é a quantidade de tempo que garante que o formando ou a futura Freira estarão bem equiparados e prontos para enfrentar os desafios da evangelização. Até porque depois do tempo de seminário, todo religioso, Irmão, Padre e Freira precisa continuar seu processo de educação, de aperfeiçoamento, de estudos.
Quem deixa de estudar, começa a regredir em todas as dimensões da Missão, rumo à mediocridade.
Para os candidatos ao sacerdócio na vida Diocesana é exigido ao menos dois cursos superiores: Filosofia e Teologia.
Para os Religiosos (Congregações masculinas e femininas), há sempre alguns anos a mais, pois a prioridade é a vivência do Carisma e Espiritualidade próprios daquelas instituições e, para isso é necessário mais tempo para assumirem as “heranças” da família religiosa que optaram.
Na prática, em média os Diocesanos estudam oito anos; os Religiosos, em torno de dez.
Os jovens que trilham o caminho Redentorista, por exemplo, tendo terminado o Ensino Médio passarão 10 anos de estudos até o tempo dos Votos Perpétuos , a partir daí, os que desejam ser Padres, partirão para o caminho da ordenação diaconal e depois presbiteral; os Irmãos, iniciarão seus trabalhos missionários de forma mais intensa.
Portanto, para tornar-se um Padre ou uma Freira, não há um tempo padrão. Depende da tradição da família religiosa que o(a) jovem escolheu. Nesse sentido, é muito mais importante viver com intensidade as propostas formativas da Casa de Formação e não correr querendo terminar os estudos para logo fazer os Votos ou chegar a ordenação.
Um ditado popular nos ensina muito: “a pressa é inimiga da perfeição”. Portanto, quem deseja entrar nesse rumo vocacional, deve esquecer o “tempo cronológico” (medido pelo relógio) e mergulhar no “tempo kairológico” (medido pela intensidade da experiência de Deus). É isso que fará do homem e da mulher uma verdadeira pastora, um verdadeiro pastor, vocacionados por Deus para apascentar Suas ovelhas.
Fonte: A12