O Concílio Vaticano II foi claro em seu ensinamento sobre o valor de toda vida humana, desde a concepção até a morte natural
Enquanto a sociedade moderna muda continuamente seus valores dependendo do que é popular no momento, a Igreja Católica nunca retrocedeu em sua defesa de toda vida humana, desde a concepção até a morte natural.
Isso inclui o Concílio Vaticano II, que não enfraqueceu o ensinamento da Igreja em favor da vida, mas o reforçou.
Em particular, o Vaticano II foi forte em sua oposição ao aborto, bem como a todas as ofensas à vida humana. A posição da Igreja está exposta no documento Gaudium et Spes.
Vindo a conclusões práticas e mais urgentes, o Concílio recomenda a reverência para com o homem, de maneira que cada um deve considerar o próximo, sem exceção, como um «outro eu», tendo em conta, antes de mais, a sua vida e os meios necessários para a levar dignamente (…)
Além disso, são infames as seguintes coisas: tudo quanto se opõe à vida, como seja toda a espécie de homicídio, genocídio, aborto, eutanásia e suicídio voluntário; tudo o que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas para violentar as próprias consciências; tudo quanto ofende a dignidade da pessoa humana (…) Todas estas coisas e outras semelhantes são infamantes; ao mesmo tempo que corrompem a civilização humana, desonram mais aqueles que assim procedem, do que os que padecem injustamente; e ofendem gravemente a honra devida ao Criador.
Gaudium et Spes, n. 27
O ministério da salvaguarda da vida
Não apenas a Igreja se pronunciou contra o aborto, mas também reforçou o “ministério” de salvaguardar a vida, colocando sobre todos os católicos a obrigação de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger a vida.
Com efeito, Deus, senhor da vida, confiou aos homens, para que estes desempenhassem dum modo digno dos mesmos homens, o nobre encargo de conservar a vida. Esta deve, pois, ser salvaguardada, com extrema solicitude, desde o primeiro momento da concepção; o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis.
Gaudium et Spes, n. 51
Uma das maneiras mais importantes de salvaguardar a vida humana desde a concepção é proteger simultaneamente a dignidade do amor conjugal.
Quando se trata, portanto, de conciliar o amor conjugal com a transmissão responsável da vida, a moralidade do comportamento não depende apenas da sinceridade da intenção e da apreciação dos motivos; deve também determinar-se por critérios objetivos, tomados da natureza da pessoa e dos seus atos; critérios que respeitem, num contexto de autêntico amor, o sentido da mútua doação e da procriação humana. Tudo isto só é possível se se cultivar sinceramente a virtude da castidade conjugal. Segundo estes princípios, não é lícito aos filhos da Igreja adoptar, na regulação dos nascimentos, caminhos que o magistério, explicitando a lei divina, reprova.
Gaudium et Spes, n. 27
Fonte: Aleteia