Philip Kosloski | Set 19, 2020
Não importa a nossa idade: essas crianças têm muito a nos ensinar!
Muitos dos grandes santos na história da Igreja não foram ilustres bispos ou papas, mas apenas crianças!
Eles nos ensinam que a chave para a santidade é nos tornarmos pequenos e termos em nosso Pai Celestial uma confiança como a das crianças. Os adultos tendem a se inchar de orgulho e a resistir mais à vontade de Deus, mas as crianças, mais dóceis, são capazes de nos demonstrar uma fé que inspira verdadeiro assombro.
Eis cinco pequenos grandes santos que se dedicaram a Deus desde bem tenra idade e entraram no Reino do Céu antes de atingirem a maturidade.
1. São José Luis Sánchez del Río
José era adolescente quando estourou em 1926 a “Guerra Cristera” no México. Seus irmãos se uniram voluntariamente aos rebeldes e José queria juntar-se a eles para dar a vida por Jesus. Ele tinha consciência de que poderia facilmente morrer no campo de batalha. O general finalmente permitiu que o pequeno fosse o portador da bandeira da tropa. Durante uma batalha, José foi capturado e pressionado pelos soldados a renunciar à fé cristã. Ele se recusou com firmeza, o que enfureceu os soldados. Com estarrecedora crueldade, as tropas do governo ateu e inspiração comunista cortaram as solas dos pés do menino de 14 anos e o forçaram a caminhar assim, em carne viva, até o cemitério.
No trajeto para o martírio, ele gritava continuamente:
“Viva Cristo Rey!“.
2 e 3. São Francisco e Santa Jacinta Marto
Os irmãozinhos pastores Francisco e Jacinta foram testemunhas das aparições de Nossa Senhora de Fátima em 1917. Profundamente marcados pelas aparições, eles dedicaram a vida como sacrifício vivo a Deus pela conversão e salvação dos pecadores do mundo inteiro. Após o término das aparições, os pequenos foram vítimas da pandemia de gripe espanhola que assolou a Europa. Ambos sofreram imensamente.
Jacinta respondia às provações dizendo:
“Ah, quanto eu amo sofrer por amor de Nosso Senhor e Nossa Senhora! Eles amam muito aqueles que sofrem pela conversão dos pecadores“.
Francisco também declarava, conforme as lembranças de sua prima, a também vidente Irmã Lúcia:
“Sofro para consolar Nosso Senhor, e, depois de um tempo, ir para o céu”.
4. São Domingos Sávio
Aluno de São João Bosco, Domingos cresceu em santidade ainda em tenra idade. Aos 4 anos, já fazia suas orações diárias com devoção e lembrava aos pais de fazerem as deles quando se esqueciam. Aprendeu a ser coroinha quando tinha 5 anos e foi autorizado a receber a Sagrada Comunhão aos 7, algo absolutamente incomum na época.
São Domingos, mais tarde, declarou sobre a sua Primeira Comunhão:
“Foi o dia mais feliz e maravilhoso da minha vida!“
Com seu lema “Antes morrer que pecar”, ele almejava seguir em tudo a vontade de Deus e dizia:
“Não posso fazer grandes coisas. Mas quero que tudo o que faço, mesmo a menor das coisas, seja para a maior glória de Deus“.
5. Beata Imelda Lambertini
Atraída pela vida religiosa desde muito pequena, Imelda pediu para entrar nas dominicanas quando tinha apenas 9 anos. Seus pais ficaram surpresos, mas, conscientes da sua devoção e amor por Deus, permitiram que a filhinha fosse viver num convento próximo. Ela foi autorizada a vestir o hábito dominicano e a seguir o modo de vida das irmãs. Seu grande anseio era receber Jesus na Santa Eucaristia, mas, na época, a Primeira Comunhão se fazia aos 14 anos.
Ela se perguntava:
“Poderá alguém receber Jesus em seu coração e não morrer?”
Certo dia, após a festa da Ascensão do Senhor, Imelda foi vista de joelhos na capela em frente à Santa Eucaristia que flutuava. O sacerdote, vendo o milagre, o entendeu como um sinal e deu a Imelda a sua Primeira Comunhão. Com um sorriso no rosto, Imelda faleceu momentos depois! A pequena que ansiava pelo encontro com Jesus tinha apenas 11 anos quando o seu desejo se realizou.
Sua festa coincide com a de Nossa Senhora de Fátima: 13 de maio. A beata Imelda Lambertini é uma das padroeiras de quem faz a sua Primeira Comunhão.
(Aleteia, 19 Set 20).