No Brasil existem diversas causas de Beatificação ocorrendo em diferentes Dioceses e estados. Esse número vem crescendo ao longo do tempo, visto que hoje existem pouco mais de 100 processos em aberto em todo o território brasileiro. A Diocese de Sobral foi privilegiada em possuir 4 de seus filhos com processos de Beatificação em andamento, sendo dois deles ocorrendo dentro de seu território diocesano.
Vamos conheçê-los?
Servo de Deus José Antônio de Maria Ibiapina (Padre Ibiapina)
José Antônio de Maria Ibiapina nasceu aos 5 de agosto de 1806, em Sobral, Ceará. Era o terceiro dos oito filhos de Francisco Miguel Pereira e Teresa Maria de Jesus, um casal de fazendeiros decadentes, porém dotados de fé e humildade. Em 1816 a família se transfere para a vila de Icó, onde o pai assume as funções de escrivão. A família está com muitas dificuldades financeiras.
Ibiapina se hospeda, então na casa do padre Antônio Manuel de Sousa, que se ocupou de sua educação religiosa e foi um importante padrinho. Nesta época, Ibiapina já estava consciente da fragilidade da justiça e da política de sua região, especialmente pela convivência com seu pai, serventuário a justiça, que o fez conhecedor dos bastidores do poder. Ele estava certo de que iria se tornar um defensor dos oprimidos e carentes daquela terra sem lei. José Ibiapina ingressa no seminário de Olinda em 1823 mas o deixa para iniciar os estudos de direito.
Em 1828 ingressa no curso Jurídico, finalizando os estudos em 1832. Em 1834 é eleito deputado. Desde o começo se posicionava como um defensor das questões sociais e como um autêntico nacionalista, opondo-se, muitas vezes, a políticos e autoridades influentes. Terminada sua legislatura, Ibiapina não mais desejava continuar na vida pública e se dedicou ao seu ofício de advogado, principalmente em causas de pessoas humildes e sem posses. Mas a advocacia não era o que realmente satisfazia a inquietude de seu espírito. Decepcionado com a vida, com o matrimônio e com os homens, resolve abandonar a promissora carreira e se tornar sacerdote.
Em 1853, após um longo retiro espiritual, José Ibiapina recebeu as primeiras ordens, com o consentimento do bispo D. João. Começava aí a parte mais ativa de sua vida. Depois de ter sido professor do seminário inicia uma vida de peregrinação pelo interior de todo o Nordeste, para levar a mensagem confortadora do Evangelho e os dons da caridade aos irmãos mais humildes e abandonados. Movimentou-se do Piauí a Pernambuco, por diversos vilarejos, fundando colégios, hospitais, capelas, igrejas, cemitérios e até açudes. Mas, a principal marca do padre Ibiapina foram as chamadas Casas de Caridade, que começaram a surgir quando da grande epidemia de cólera que se alastrou por Pernambuco, e que prestavam atendimento de saúde aos doentes mais pobres.
Mais tarde, e com a ajuda de algumas religiosas missionárias, as Casas de Caridade passaram a oferecer formação moral e intelectual para os jovens e a abrigar órfãos e abandonados. Mas não foram apenas obras materiais as que padre Ibiapina construiu. Por onde passou, acalentou as pessoas, pregou a Palavra de Deus, apaziguou inimizades e disseminou o amor, como relatam alguns de seus biógrafos. O povo amava o Padre-Mestre, como era carinhosamente chamado.
Acometido de uma paralisia nas pernas, fruto dos anos de peregrinação, padre Ibiapina ficou preso a uma cadeira de rodas. Já em 1882 sofria de problemas vasculares que culminaram em alguns derrames. Acaba falecendo no dia 19 de fevereiro de 1883. Tantos foram os feitos de José Ibiapina que fora aclamado santo ainda em vida pelo povo nordestino. Atualmente seu processo de beatificação tramita no Vaticano e foi aberto oficialmente através do pedido da Diocese de Guarabira-PB.
*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br | Arquidiocese de São Paulo
Servo de Deus Francisco Expedito Lopes (Dom Expedito Lopes)
Dom Francisco Expedito Lopes (Sobral, 8 de julho de 1914 — Garanhuns, 2 de julho de 1957) foi um bispo católico brasileiro. É filho de Edésio Pereira Lopes e Noeme Cordeiro de Araújo.
Nasceu no Sítio Jerusalém (Vila de Meruoca) em Sobral, no estado do Ceará. Foi ordenado sacerdote em Roma em 1938, sagrado bispo em Sobral em 1948, sendo eleito primeiro bispo em Oeiras, no estado do Piauí. Em 1955 foi empossado como quinto bispo de Garanhuns no estado de Pernambuco.
Fundou o Instituto das Missionárias de Nossa Senhora de Fátima do Brasil.
Foi vítima de um atentado a tiros cometido pelo padre Hosana de Siqueira e Silva, em Garanhuns, em 1 de julho de 1957, e veio a falecer no dia seguinte.
Seu lema era “Restaurar tudo em Cristo”. Considerado um santo pela população, Dom Acácio Rodrigues Alves tornou-se o postulador de sua beatificação na Diocese de Garanhuns.
Fonte: Wikipédia
Servo de Deus Joaquim Arnóbio de Andrade (Mons. Arnóbio)
Mons. Joaquim Arnóbio de Andrade, sacerdote secular, pertencente ao clero da Diocese de Sobral, nasceu em Massapê, Ceará, no dia 26 de abril de 1915, onde passou parte de sua infância. Foram seus pais, Joaquim Anselmo de Andrade e Maria da Penha Sousa Andrade, casados no dia 9 de janeiro de 1904, em Santana do Acaraú, onde residiam à época. Arnóbio foi o terceiro entre cinco irmãos, que cedo revelara o desejo de ser padre.
Foi batizado no dia 25 de junho de 1915, pelo Pe. Antônio Cândido de Melo, na Igreja Matriz de Massapê, sendo os padrinhos: Miguel Milhério e Ana Milhério.
Desde cedo experimentou o êxodo, a migração para outras cidades, tão comum aos nordestinos. Primeiro foi Forquilha, Ceará, pois seu pai, Joaquim Anselmo, exercia cargo na Inspetoria Federal do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). Em 1924, passou a residir com sua família em Sobral, Ceará.
Aos dez anos de idade, Arnóbio fez a primeira comunhão com o Pe. José Gerardo Ferreira Gomes, crescendo assim no desejo de um dia chegar ao sacerdócio.
Seus primeiros estudos foi lição de casa, mediação dos conhecimentos básicos feita por seu pai, que era professor. Depois, passou a estudar na escola do professor Vicente Gadelha.
Criança, fazia parte de um time de futebol infantil, mas, às vezes, conforme relatos, silenciosamente saía, antes de terminar a partida. Sua genitora via o seu menino tomar banho, trocar de roupa e sair sem nada dizer, muito apressado. Walter Andrade, seu irmão, um dia o seguiu e o viu com um colega, Expedito Lopes, entrando na Igreja da Sé, onde os esperava para dar instruções e formação para coroinhas, o Pe. José Gerardo Ferreira Gomes, pois ambos desejavam ajudar nas Missas.
Sua conduta foi, desde então, de um pré-seminarista, assumindo, com autenticidade o ideal de ser PADRE. Certa vez, estando Dom José Tubinambá da Frota, primeiro Bispo de Sobral e fundador do primeiro Seminário Diocesano de Sobral, em sua casa, Arnóbio pediu ao Bispo para entrar no seminário.
Não entendia o jovem, que isso não dependia somente do querer dos pais, mas que fatores econômicos eram determinantes na questão, visto que a família do seminarista devia custear as despesas com estudo e manutenção do futuro sacerdote.
Dom José, segundo relatos, riu-se de sua simplicidade e disse: “Arnóbio, diga a sua mãe que faça a batina preta, com uma faixa azul que seu lugar está reservado no seminário”.
Após estudos preliminares, aos doze anos, entrou no seminário São José de sobral, onde foi recebido com muito carinho por Dom José, pois conhecia de perto o novo candidato ao sacerdócio. Arnóbio foi um “seminarista modelo”, diziam seus superiores. Tinha uma conduta irrepreensível, desenvolveu amor pelos estudos e aos ensinamentos de seus Mestres. Destacou-se no cultivo das línguas, principalmente em Latim e em Francês. Concluindo o curso preparatório, foi transferido para o Seminário Maior de Fortaleza, onde cursou Filosofia e Teologia Moral e Dogmática.
Em 28 de abril de 1935, recebeu a primeira tonsura, oficiada por Dom Manuel da Silva Gomes, na Capela do Seminário de Fortaleza (Prainha). Ano seguinte, no dia 15 de maio de 1936, recebeu as Ordens Menores do Ostiário e Leitorado; em 29 de novembro, recebeu as Ordens Menores de Exorcismo e Acolitato. Em 5 de dezembro de 1937, recebeu o Subdiaconato. O diaconato se deu no dia 30 de janeiro de 1938, foi oficiante Dom José Tupinambá da Frota, na Catedral de Sobral.
Foi ordenado sacerdote, no dia 20 de novembro de 1938, pela imposição das mãos de Dom José Tupinambá da Frota, juntamente com os sacerdotes José Aristides Cardoso e Otacílio Alves Ferreira Sales, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Sobral, visto que a Catedral estava passando por reforma, embora conste no registro de sua ordenação como tendo acontecido na Catedral.
Suas primeiras atividades como sacerdote foram desenvolvidas em Sobral. Exerceu a função de ecônomo do Seminário Diocesano, demonstrando grande visão administrativa, expressa em todas as obras que edificou. No Seminário, também exerceu a função de professor. E, depois, nomeado Vigário de Santana do Acaraú. Exerceu, ainda, a capelania do Colégio Sant’Ana de Sobral e a direção diocesana da Catequese. Lecionou no Colégio Sobralense.
Na condição de Vigário Geral da Diocese que foi desde 1964, foi escolhido Vigário Capitular entre os bispados de Dom João José da Motta e Albuquerque e de Dom Walfrido Teixeira Vieira (abril de 1964 a janeiro de 1965). Mons. Arnóbio permaneceu Vigário Geral da Diocese até seu falecimento.
Pe. Arnóbio mantinha ligação afetiva com a Igreja do Rosário, em Sobral, reminiscências de sua história, visto que grande parte de sua infância foi vivida nas imediações daquele templo dedicado à Maria Santíssima. Sua relação com Maria é muito peculiar, quis a Divina Providência que o seu nascimento fosse justamente coroado no dia dedicado à Nossa Senhora do Bom Conselho, da qual era devoto.
Em 4 de setembro de 1956, no Pontificado de Sua Santidade o Papa Pio XII, o Pe. Joaquim Arnónio de Andrade escreveu ao primeiro Bispo de Sobral, Dom José Tupinambá da Frota, solicitando a Capela de Santo Antonio, salão e terreno anexos, na cidade de Sobral, para o estabelecimento da Congregação, que desde de 20 de maio daquele ano, com a aprovação e bênçãos do Bispo, fora instituída. Dom José despachou na mesma data: “Como pede. Sobral, 4 de setembro de 1956, + José, Bispo de Sobral”, contudo, a criação oficial se deu no dia da Festa da Assunção de Nossa Senhora do ano seguinte.
Em 15 de agosto de 1957, o Pe. Joaquim Arnóbio de Andrade fundou a Congregação das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus, cujo carisma é sintetizado no slogan: Amor-reparação-evangelização, no bispado de Dom José Tupinambá da Frota e, que, atualmente, conta com casas nas dioceses de Sobral, Tianguá, Itapipoca, além das arquidioceses de Fortaleza, Rio de Janeiro e de Aparecida, São Paulo. A congregação traz um profundo desejo de reparar com suas vidas as ofensas dos consagrados contra o Sagrado Coração de Jesus.
Dom José Tupinambá da Frota aprovou, a 7 de julho de 1959, os Estatutos da Congregação e ao final escreveu: “Queira o Sagrado Coração de Jesus, a quem o novo sodalício quer louvar de modo particular, transformá-lo um dia em Congregação Religiosa, como deseja seu fundador, logo que a Santa Sé, no seu alto critério, o haja por bem”.
No dia 22 de julho de 1959, Dom José Tupinambá da Frota, emitiu Decreto com o seguinte teor: “Atendendo ao pedido que nos foi dirigido pelo Revmo. Pe. Joaquim Arnóbio de Andrade, desta cidade, para que decretemos a ereção canônica de uma Congregação Diocesana, que sob a denominação de ‘Missionárias do Sagrado Coração de Jesus’, com sede nesta cidade, tem como fim principal dar glória a Deus, santificando seus membros em obras de apostolado: Havemos por bem erigir, como pelo presente DECRETO erigimos em Congregação Diocesana o referido Instituto, com estatutos próprios por Nós examinados e aprovados. Sejam do presente DECRETO tiradas três cópias, das quais uma será remetida à Nossa Cúria, outro ao Revmo. Padre Instituidor da referida Congregação e a terceira levada ao arquivo da novel Congregação. Dada e passada nesta nossa cidade episcopal de Sobral, aos vinte e dois de julho de 1959 + José, Bispo Diocesano”
Arnóbio de Andrade concretizava seu grande ardor pela causa evangélica. No início, havia a congregação masculina dos Oblatos, Instituto dos Oblatos Diocesanos, com a formação de sacerdotes e a ala externa, com pessoas de Sobral que participavam, viviam a espiritualidade e se doavam muito inclusive com ajuda financeira; pessoas de fora da congregação, mas que viviam a espiritualidade. No entanto, a ala masculina foi extinta durante o bispado de Dom Motta.
A Congregação foi reconhecida pela Santa Sé, por ato do Eminentíssimo Cardeal Eduardo Francisco Pironio, Prefeito da Congregação para os Religiosos e Institutos Seculares, datado de 29 de junho de 1983. O então bispo de Sobral, Dom Walfrido Teixeira Vieira, deu a comunicação ao Pe. Arnóbio, com preâmbulo em latim, “GAUDIUM MAGNUM NUNTIO VOBIS” (Uma grande alegria eu vos anuncio).
De posse do documento da Congregação para os Religiosos e Institutos Seculares, Dom Walfrido Teixeira Vieira emitiu o Decreto de Ereção da Congregação: “DECRETO DE EREÇÃO: Considerando que a Congregação das Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus foi constituída Pia Sociedade Religiosa em 15 de agosto de 1957; Considerando que já atendeu seu trabalho apostólico por várias dioceses do Brasil; Considerando que, de conformidade com o Cânon 492 do Código de Direito Canônico em vigor, foi solicitada a necessária autorização da Santa Sé; Considerando que que a Sagrada Congregação para os Religiosos e Institutos Seculares, seguindo as Normas da Instrução de 30 de novembro de 1922, nos autorizou, de acordo com o Protocolo de DD-1836-1/78, a erigir oficialmente a referida Pia Sociedade Religiosa em Instituto Religioso de Vida Consagrada, de direito diocesano. Havemos por bem erigir, como, de fato, erigimos por este Decreto a Congregação das Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus em Instituto Religioso de Vida Consagrada, de direito diocesano. Que o novo Instituto progrida cada dia mais para a glória de Deus e o bem espiritual do próximo. Sobral, 11 de julho de 1983. + Walfrido Teixeira Vieira, Bispo de Sobral”.
Possuidor de personalidade firme, caridosa, humilde e exemplar no exercício de sua fé, Mons. Arnóbio, manteve uma fraterna comunicação com todas as pessoas que o procuravam, particularmente os sacerdotes e as religiosas. Sua presença na Igreja de Sobral era assídua e edificante, pois tinha no meio da sociedade local, desde as famílias mais simples às mais destacadas, um grande número de penitentes, orientados cristãmente por ele, nos seus momentos de aflição e alegria.
O grande sacerdote e educador faleceu no dia 2 de abril de 1985, em Fortaleza, na Casa da Congregação das Irmãs Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus, 24 dias antes de completar 70 anos, vítima de complicações renais em consequência do câncer, depois de um prolongado sofrimento, tendo recebido todos os sacramentos da Santa Madre Igreja.
Ele aceitou a doença com resignação, acolhendo a Vontade de Deus, após esgotarem-se os recursos médicos. No dia 14 de março de 1985, disse às Irmãs que o acompanhavam: “Estou no fim da minha missão, me ajudem a terminar bem. Com muito amor e confiança no Coração de Jesus”.
O corpo do Mons. Joaquim Arnóbio de Andrade foi sepultado na Igreja do Menino Deus, em Sobral. Seu nome é lembrado denominando duas importantes artérias na cidade de Sobral. A primeira, no bairro Pe. Palhano, CEP 62016-160, na qual várias se entroncam, Rua Monsenhor Arnóbio, bairro Pe. Palhano, Sobral, criada pela Lei Municipal N° 004/85, de 3/05/1985, um mês após a sua morte. A segunda está no bairro Pedrinhas, Rua Monsenhor Joaquim Arnóbio de Andrade, CEP 62040-780.
Existe, em Sobral, a Associação Comunitária Monsenhor Arnóbio – CNPJ: 10.379.709/0001-01, situada na Rua Silvana Nº. 78, Parque Silvana I – Sobral, formada pela própria comunidade, sem qualquer participação da Congregação ou da Diocese, registrada no Conselho Nacional de Assistência Social, pela Resolução N° 64, de 18 de junho de 2002.
Seu túmulo na Igreja do Menino Deus, em Sobral, Ceará, é sempre visitado e se recebe notícias de graças alcançadas por sua intercessão, contudo, não há qualquer tipo de culto, tudo surgido naturalmente.
Fonte: Postulação da Causa
Servo de Deus Waldir Lopes de Castro (Mons. Waldir)
Monsenhor Waldir Lopes de Castro (1931-2001) nasceu na cidade de Sobral, no Ceará, no dia 02 de fevereiro de 1931. Filho de Victor de Castro Cavalcante e Francisca Elisa Lopes de Castro Cavalcante. Neto, por parte de pai, de José Cavalcante Albuquerque e Maria Fausta de Castro Cavalcante, ambos de Santana do Acaraú, e de José Alcino Lopes Cavalcante e Maria Amélia de Albuquerque Lopes por parte de mãe. Foi batizado na igreja da Sé, em Sobral, no dia 08 de março pelo padre José Gerardo Ferreira Gomes. Recebeu o sacramento da crisma em 1944, sendo seu padrinho Monsenhor Olavo Passos.
Iniciou seus estudos primários com a professora Dona Maroca Paulo, e concluiu no Grupo Escolar Professor Arruda, em Sobral. Ingressou no Seminário Menor de Sobral a 08 de fevereiro de 1944. Concluiu o Seminário Menor no ano de 1950. Fez seus estudos de Filosofia e Teologia no Seminário Maior da prainha, em Fortaleza, no percurso de seis anos. Tornou-se clérigo no dia 14 de julho de 1953. Recebeu as duas ordens menores do Leitorato e Acolitato no dia 20 de julho de 1954.
Recebeu o subdiaconato a 23 de outubro de 1955. Recebeu o presbiterato no dia 08 de dezembro de 1956 pelo Bispo D. José Tupinambá da Frota, na igreja Catedral de Sobral. Começou a exercer seu ministério sacerdotal, como cooperador do vigário da Paróquia do Patrocínio, Mons. José Osmar Carneiro. Nesse cargo permaneceu, de janeiro de 1957 a março de 1964. No mesmo período foi professor de religião no Seminário de Sobral e na Escola Técnica de Comércio D. José. No dia 08 de março de 1964 assumiu a paróquia de São Manuel, onde permaneceu até seu falecimento. Na data de 27 de Fevereiro de 1975, recebeu do Papa Paulo VI, o Título de Capelão de Sua Santidade, passando a integrar o nome de Monsenhor.
Na paróquia, seu trabalho pastoral era bem diversificado, mas demonstrou predileção pela implantação da Catequese Renovada, pelo apoio às Comunidades Eclesiais de Base e pela consciência prática do Dízimo. Sentindo a necessidade do seu apoio à educação escolar, com o apoio dos líderes da cidade, fundou o Centro Educacional São Manuel (CESM), com 1º e 2º graus, de onde foi professor e diretor. Prestou significativo serviço à Diocese no setor das Vocações Sacerdotais, quanto nos anos de 1980 e 1981, assumiu a Direção do Seminário Diocesano São José, de Sobral.
Com a ajuda espontânea de seus paroquianos, construiu a Igreja do Coração de Jesus e reformou o cemitério São Roque. Dedicou-se a reformar a Igreja Matriz e sem que viesse a contemplar o término da obra. Na manhã do dia 22 de dezembro de 2001, no momento em que estava fazendo caminhada, foi acidentado bruscamente, vindo a falecer na Santa Casa da Misericórdia de Sobral, quando se submetia a uma tomografia computadorizada.
Monsenhor Waldir Lopes de Castro faleceu em Sobral, Ceará, no dia 22 de dezembro de 2001.