Cristo veio para nos libertar da escravidão de nossos impulsos que nos impediam de chegar ao Pai. Mas, afinal, o que é a verdadeira liberdade?
O que é liberdade? Faça perguntas ao seu filho sem se surpreender com a resposta: “Liberdade é fazer o que eu quero”, ou seja, fazer o bem como fazer o mal? Visto que o mal tem consequências graves, a liberdade permite-nos escolher entre os vários bens à disposição da pessoa. Como podemos conscientizar nossos jovens sobre essa verdade? Não se trata de lhes dizer: “Não podes”, pelo contrário: “Podes fazer qualquer coisa, mas tudo tem consequências”.
É livre aquele que constrói a felicidade longe da tirania do prazer e do olhar dos outros
É importante que os jovens entendam que a capacidade física não dá imediatamente capacidade moral, e que a moralidade não existe para recrutar e restringir, mas, pelo contrário, para libertar. Vamos falar a verdade: nossa filha começou a fumar. Sem sobrecarregá-la, vamos fazê-la pensar sobre o que a levou a fumar. Seu grupo de amigas fuma e ela se sente excluída, tem medo de parecer desatualizada aos olhos dos outros, quer fazer uma certa pose… E então talvez chegue um momento em que ela queira parar. E aí começarão as dificuldades. “Se já não podes dizer ao teu corpo: ”Não preciso desta substância”, se não podes ficar sem ela é porque te tornaste um pouco dependente, um escravo do teu corpo. Portanto, você perdeu alguma liberdade”. Drogas, álcool, videogames, impulsos sexuais nos tornam ainda mais escravos.
Devemos salientar aos adolescentes que o álcool, como a sexualidade, não é mau em si. A sexualidade é particularmente bela e boa, é a expressão corporal do amor. É o uso que faço deles que pode torná-los ruins. Portanto, é necessário que a pessoa, que não é apenas um corpo, use sua mente para guiar esse corpo. Ser guiado apenas pelos desejos do corpo o faz perder a liberdade.
Confusão entre prazer e felicidade
Essa perda de liberdade muitas vezes vem da confusão entre prazer e felicidade. Observe que o prazer é imediato, o que o torna atraente, mas acaba rapidamente. A felicidade, entretanto, é construída, mas pode durar. Na felicidade existem prazeres, mas no prazer, nem sempre há felicidade. Quem constrói a felicidade é livre, longe da tirania do prazer e do olhar dos outros. Qualquer pessoa que escolher seguir a Cristo, que nos libertou de todas as formas de tirania, é também livre.