Crianças educadas à luz da inteligência emocional podem se tornar adultos preparados para enfrentar com sucesso todas as adversidades da vida e tirar o melhor proveito delas
Ainteligência emocional é um conceito criado pelo americano Daniel Goleman. Trata-se de um conjunto de habilidades que podem ser aplicadas em várias áreas e situações da vida, inclusive na educação dos filhos.
De forma geral, este conceito diz respeito à capacidade de identificar e lidar com as emoções e sentimentos pessoais e de outros indivíduos.
Mas que benefícios a inteligência emocional traz no processo de educação dos filhos? É o que vamos tentar resumir neste artigo.
Como desenvolver a inteligência emocional
Em artigo publicado pela Aleteia, a psicóloga Talita Rodrigues afirma que, para desenvolver a inteligência emocional, são necessárias três habilidades importantes:
- a empatia (colocar-se no lugar do outro e entender que o outro é o outro);
- o cultivo de emoções (identificar e aplicar as emoções ao projeto de vida);
- gestão emocional (controlar o que você faz com suas emoções e sentimentos).
Para a psicóloga, quando você conquista e desenvolve a inteligência emocional e a cultiva, “você se torna uma pessoa mais dona de si, evitando ou amenizando sofrimentos que fazem parte da vida.”
Inteligência emocional e educação dos filhos
Não é tão simples assim, mas se você acha que é uma pessoa que sabe lidar com as suas emoções, que já desenvolveu a empatia e comprovou os benefícios dessas habilidades, você pode se considerar uma pessoa emocionalmente inteligente. Que tal agora aplicar tudo isso à educação dos filhos?
Afinal, nós – pais e mães – queremos que nossas crianças sejam adultos preparados para enfrentar bem todas as adversidades da vida e tirar o melhor proveito delas.
Então, para os pais, o primeiro passo é não ignorar nem repreender as emoções das crianças. Segundo os especialistas, é preciso conversar sobre todos os sentimentos que os filhos apresentam e ajudar as crianças a identificá-los e entendê-los.
Controle de emoções
Como consequência do exposto acima, ou seja, o aprender das emoções, vem gestão dessas emoções. Trata-se de um processo: depois de identificar e entender os próprios sentimentos, as crianças precisam estar aptas a controlá-los.
E por que é tão importante controlar as emoções? Para que as crianças ou os adultos não ajam por impulso. Aqui estamos falando tanto em evitar birras dos pequenos e as ações impensadas e impulsivas dos adultos.
Os psicólogos são unânimes em afirmar que crianças que foram estimuladas a controlar os próprios sentimentos têm mais chances de se tornarem indivíduos que sabem lidar melhor com momentos de raiva, angústia e medo. Assim, tornam-se adultos mais bem preparados e menos frustrados diante das crises que poderão enfrentar.
Empatia
Você deve desenvolver a empatia nas crianças. O que isso quer dizer? Que você deve orientá-las a não só se colocar no lugar do outro, mas entender que o outro é o outro e que elas devem respeitar cada diferença entre as pessoas. Assim, as crianças serão protagonistas de uma convivência mais harmônica na escola, em casa, na sociedade.
Mas como fazer?
Para os especialistas, é preciso estimular o convívio social dos filhos, pois quanto maior o círculo de convivência mais eles terão que se relacionar com pessoas que pensam e agem diferente deles.
Quando seu filho brigar com um coleguinha, faça-o pensar como ele se sentiria se o outro estivesse brigando com ele da mesma forma.
Além disso, estimule nos pequenos algumas noções de cidadania e de cuidado com os outros, como, por exemplo, respeitar os assentos preferenciais do ônibus, os caixas prioritários do supermercado etc.
Só benefícios
Enfim, a inteligência emocional só traz benefícios ao processo de educação dos filhos. São vantagens tanto para os pais quanto para as crianças.
Ao aprender a controlar as emoções, as crianças vão compreender que o amor, o bem comum e o convívio nos fortalecem e nos ajudam a nunca desistir.
Por outro lado, ao praticar a inteligência na educação dos filhos, os pais passam a solidificar os laços com eles, construindo uma relação duradoura de confiança, apoio e muito amor.
Fonte: Aleteia