A Congregação Mariana da Paróquia de São Manuel iniciou seus trabalhos em preparação para as festividades dos seus 80 anos de fundação. A Paróquia se utilizou de suas redes sociais e divulgou a data da Cerimônia: 20 de Agosto de 2023.
Fundada por Monsenhor Francisco Apoliano no dia 15 de Agosto de 1943, solenidade da Assunção de Nossa Senhora, a Congregação Mariana desempenha ao longo dos anos um belo e exemplar trabalho de evangelização, bem como auxiliando nos serviços pastorais da Paróquia de São Manuel, se dispondo na organização das festas religiosas e procissões.
Prestes a completar 80 anos de fundação, a Coordenação Paroquial da Congregação está preparando uma programação para estas festividades. Uma delas será a recepção de fitas dos aspirantes e a renovação dos votos, que serão realizados no dia 20 de Agosto de 2023, com o local ainda à ser definido. Em breve haverá a programação completa e serão divulgadas através das redes sociais da Paróquia. Também é esperada a presença de um membro da Coordenação da Confederação Nacional das Congregações Marianas do Brasil, que também será confirmada posteriormente pela Coordenação Paroquial.
História da Congregação Mariana
As Congregações Marianas tiveram início em 1563, quando o jesuíta Pe. Jean Leunis começou, entre os alunos do Colégio Romano, em Roma, um sodalício (grupo) cujos membros se distinguiam por uma vida cristã e mariana fervorosa e pela prática de diversas formas de apostolado.
Enquanto as Congregações Marianas se espalhavam rapidamente pelo mundo, sobretudo nos Colégios da Companhia de Jesus, a Congregação Mariana do Colégio Romano foi erigida canonicamente, em 1584, pela Bula “Omnipotentis Dei” do Papa Gregório XIII, com o título de “Prima Primaria” (a primeira). A ela passaram a ser agregadas até 1967, as diversas Congregações de todas as partes do mundo, as quais podiam participar dos mesmos benefícios espirituais que lhe haviam sido concedidos pela Sé Apostólica.
Em 1748, com a Bula Áurea “Gloriosae Dominae”, o Papa Bento XVI enriqueceu as Congregações Marianas com especiais privilégios. Mesmo após a supressão da Companhia de Jesus em quase todo o mundo, as Congregações Marianas continuaram a existir, confirmadas em 1773 pelo Breve “Commendatissimum” do Papa Clemente XIV.
Em 1948, no segundo centenário da Bula “Gloriosae Dominae”, o Papa Pio XII, pela Constituição Apostólica “Bis Saeculari”, (BS), deu às Congregações Marianas o que passou a ser sua Carta Magna.
Em 1967, no impulso renovador que aconteceu nas associações religiosas após o Concílio Vaticano II, a Federação Mundial das Congregações Marianas, reunida em Roma, propôs uma modificação substancial das Regras Comuns, aprovadas pela Santa Sé em 1587 e atualizadas em 1910, substituindo-as pelos Princípios Gerais e as Normas Gerais, bem como a mudança do nome para Comunidade de Vida Cristã (CVX), para marcar a volta as origens da Espiritualidade Inaciana.
Aceitos provisoriamente e, depois de 31 de maio de 1971, de modo definitivo, pela Santa Sé, esses documentos sofreram várias modificações sucessivas, sendo a última aprovada por Decreto do Pontifício Conselho para os Leigos, em 3 de dezembro de 1990.
Em sua longa história, as Congregações Marianas, como verdadeiras “escolas vivas de piedade e vida cristã operante”, deram, até o presente, à Igreja, pelo menos 63 santos canonizados e 45 beatos, 22 fundadores de Institutos Religiosos, mártires, missionários e leigos de vida cristã exemplar.
De 1567 até agora, entre os 31 Papas que ocuparam a Cátedra de São Pedro, 25 eram Congregados Marianos, inclusive o Papa São João Paulo II que, aos 14 anos, foi membro da Congregação Mariana de seu colégio em Wadowicie, sua cidade natal, Bento XVI que se consagrou na Congregação Mariana do Seminário de Regensburg, Alemanha, e, no mês da celebração dos 450 anos da fundação das Congregações Marianas, a Igreja elegeu Sumo Pontífice o Jesuíta Papa Francisco.
Congregação Mariana do Brasil
- No Brasil, as Congregações Marianas existiram no período colonial, sobretudo nos Colégios da Companhia de Jesus e praticamente desapareceram com a expulsão dos jesuítas, em 1759.
- Em 1870, foi fundada novamente uma Congregação Mariana, agregada à Prima Primária, em Itu, estado de São Paulo, e, a partir de então, tiveram elas notável crescimento em todo o País, quer em Paróquias ou em outros ambientes.
- Em 1927, iniciou-se o movimento federativo com a primeira Federação Estadual, no estado de São Paulo.
- Em 1937, criou-se a Confederação Nacional com sede no Rio de Janeiro. Foi o Brasil, nesta época, o líder, em todo o mundo, no número e crescimento de Congregações e Congregados.
- A mudança, em nível mundial, acontecida em 1967, não deixou de afetar a vida das Congregações Marianas no Brasil.
- Em 1970, em reunião nacional realizada em Juiz de Fora, Minas Gerais, foram por elas aceitos os Princípios Gerais, mas decidiu-se manter-se o nome tradicional de Congregação Mariana, aproveitando a liberdade concedida pela Federação Mundial das Comunidades de Vida Cristã, na Assembleia Mundial de 1967.
- Em maio de 1988, o Conselho Mundial das Comunidades de Vida Cristã, mantendo o reconhecimento das Congregações Marianas no Brasil, admitiu também a representação, naquele Conselho, das primeiras Comunidades de Vida Cristã que, como tais, já começavam a existir no País. Criou-se assim, uma dupla presença do Brasil naquele Conselho Mundial, através de associações que funcionam completamente independentes uma da outra.
- Tal situação levou as Congregações Marianas do Brasil, na sua Assembleia Nacional realizada em novembro de 1991, em Aparecida, estado de São Paulo, a aprovar um novo Estatuto da Confederação Nacional, no qual há uma referência explícita a uma Regra de Vida a ser elaborada, a qual, substituindo em âmbito de Brasil, os Princípios Gerais e as Normas Gerais, fizesse das Congregações Marianas do Brasil uma associação religiosa de leigos, autônoma, com a marca característica da devoção mariana, como sempre foram e continuaram sendo no Brasil. Esta decisão teve aprovação do Assistente Eclesiástico Nacional das Congregações Marianas, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Eugênio Sales.
- A Regra da Vida foi elaborada durante o ano de 1992 por uma Comissão de Congregados Marianos de várias regiões do país, coordenada pelo representante do Assistente Eclesiástico Nacional. enriquecida com muitas sugestões e críticas de Bispos, Sacerdotes e outros Congregados Marianos. O texto final na Assembleia Nacional, realizada dia 7 de novembro de 1992 na cidade de Aparecida, SP, homologado pelo Assistente Eclesiástico Nacional, Cardeal Dom Eugenio Sales, em 3 de dezembro de 1992. Submetida à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, algumas alterações foram sugeridas e aprovadas na Assembleia Nacional de Aparecida, em novembro de 1993 e aprovado pela CNBB “ad experimentum” por cinco anos. Após este período, não havendo necessidade de ajustes, as regras são aprovadas.
Fonte: Wikipédia