Entendendo uma igreja: a lâmpada, um sinal da presença real de Cristo

Imagem Referencial. Créditos: Adora Comunicação.

Ao entrar em uma igreja, os visitantes muitas vezes veem uma luz vermelha brilhando. Localizada ao lado do sacrário, ela indica a presença real de Jesus, porque ali se guardam as hóstias consagradas

“Nas igrejas, o lugar mais sagrado é onde o Santíssimo Sacramento é preservado”, lembrou o Papa Emérito Bento XVI durante seu Angelus em 10 de junho de 2012. De fato, o Santíssimo Sacramento é o Corpo de Cristo apresentado na forma de uma hóstia consagrada.

Essa pequena fatia de pão ázimo é de suma importância para os católicos durante a celebração eucarística, porque se torna, sob as mãos do sacerdote, o verdadeiro Corpo de Cristo. A conservação das hóstias é, portanto, crucial. Um nicho fechado, chamado sacrário (tabernáculo), é assim projetado para abrigá-las.

Localizado no altar ou em outra parte da igreja, o tabernáculo é frequentemente acompanhado por uma pequena luz vermelha. Isso indica que o Corpo de Cristo está lá.

Se a lâmpada estiver desligada, isso significa que o tabernáculo está vazio. Esta presença luminosa é obrigatória, como indica o direito canônico: “Diante do tabernáculo em que se conserva a santíssima Eucaristia esteja acesa continuamente uma lâmpada especial, com que se indique e honre a presença de Cristo.” (cân. 940).

Uma tradição antiga que foi modernizada

A tradição de iluminar lugares sagrados é antiga. No Livro de Levítico (24, 2-3), o sumo sacerdote Aarão já fazia isso de acordo como o Senhor havia pedido a Moisés.

Na igreja católica, o uso de uma fonte luminosa colocada perto do tabernáculo remonta ao final do século XII. Por muito tempo, uma pessoa da comunidade era encarregada de garantir que as velas litúrgicas e a iluminação funcionassem bem.

Originalmente, a iluminação era fornecida por uma vela de cera ou óleo vegetal. No contexto da Primeira Guerra Mundial, sendo estes itens muito caros, um decreto autorizou o uso de luz elétrica nas igrejas, mas a luz elétrica não substituiu totalmente o uso de velas. Gradualmente, as lâmpadas foram eletrificadas para facilitar a manutenção.

Essas lâmpadas geralmente são todas simples, mas também podem ter valor artístico real, especialmente quando são cuidadosamente ornamentadas ou criadas em harmonia com o tabernáculo.

Fonte: Aleteia

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