Equipe de Reflexão de Música Litúrgica da CNBB prepara cantos para a Presidência da Missa

Equipe de Reflexão de Música Litúrgica. Créditos: CNBB

Nos dias 15 a 17 de julho o grupo de trabalho da Equipe de Reflexão de Música Litúrgica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se reuniu no Seminário Diocesano de Guarulhos, em São Paulo, para o projeto do segundo volume do livro “Canto dos ministros e da assembleia”.

Equipe de Reflexão de Música Litúrgica da CNBB

Padre Jair Costa, assesssor da Música Litúrgica da Comissão Episcopal para a Liturgia, relata que já foi publicado pelas Edições CNBB o primeiro volume, que traduziu o canto gregoriano da terceira edição típica latina do Missal. E este outro trabalho é a continuação, oferecendo para o canto da presidência da missa, propostas inculturadas na realidade da música litúrgica brasileira.

Um dos integrantes desta equipe é o frei Joaquim Fonseca, de Belo Horizonte, Minas Gerais, doutor em liturgia, que já foi assessor da música litúrgica na CNBB. Ele recorda que esse projeto começou no ano 2002, e que ficou esperando a nova edição do missal. Explicou também que no primeiro projeto participaram frei Joaquim, frei Joel Postma e padre José Weber. O frade recorda que, logo que iniciou seu trabalho no Setor Música Litúrgica da CNBB, foi criada a equipe para traduzir a terceira edição típica do Missal Romano.

“Então, o  Setor de Música Litúrgica começou a pensar na parte musical do Missal. O ponto alto do projeto eram as orações eucarísticas, e o objetivo do grupo foi compor e escolher recitativos de uma forma brasileira, seguindo as intuições do canto gregoriano, dentro da cultura musical brasileira”, disse.

Depois de 20 anos de espera, a terceira edição do Missal foi publicada. Agora, o trabalho da equipe atual é ajustar os textos do Missal às partituras feitas pela equipe de 20 anos atrás. Também foram incluídas melodias de novos compositores.

O professor Márcio de Almeida, de São Paulo, doutor em música, é também membro desta Equipe de Reflexão. Segundo Márcio, a importância desse projeto é fornecer materiais que possam ajudar a presidência da celebração, desenvolvendo as partes cantadas da missa. “Este trabalho responde à necessidade de que os presidentes de celebrações possam se formar para cantar a celebração, e para que o povo possa participar de liturgias com mais qualidade, com o aspecto orante que a música é capaz de oferecer”, salienta.

Daniela Oliveira, de Itumbiara, Goiás, doutoranda pela Universidade Federal de Goiás (UFG) com o tema Ofício Divino das Comunidades, é também integrante da Equipe de Reflexão de Música. Comentando o trabalho realizado nesta reunião, afirmou que o processo foi muito gratificante, porque todos tiveram a oportunidade de revisitar algumas obras e também acolher novas que tem os traços da musicalidade brasileira.

“Foi um processo de experimentar as linhas melódicas, pensando nas comunidades que vão utilizar, para trazer para o canto da presidência os traços da nossa cultura brasileira, para além do canto gregoriano. Trazer os elementos da nossa cultura para o canto da presidência tem o objetivo de envolver a assembleia, não só nas respostas, mas desde o canto de quem preside, integrando o cantar do presidente em solo e da assembleia em coro com os instrumentos, tudo integrado numa mesma sintonia orante”, disse.

Por fim, padre Jair Costa, assesssor da Música Litúrgica, salientou que todo esse trabalho ainda está em reelaboração e revisão para ser publicado. “Com a graça de Deus, a serviço do povo de Deus da Igreja no Brasil”, complementou.

Com informações do Padre Jair Costa

Fonte: CNBB

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