“A JMJ mostrou a todos que outro mundo é possível”, disse o papa Francisco na Audiência Geral que celebrou hoje (9), sobre a sua viagem a Lisboa para a JMJ. A audiência foi na Aula Paulo VI por causa do calor em Roma.
O papa Francisco esteve em Lisboa de 2 a 6 de agosto para a 37ª Jornada Mundial da Juventude, que reuniu 1,5 milhão de jovens. A JMJ se realiza em diferentes cidades do mundo desde 1985 quando foi criada pelo papa são João Paulo II em Roma. Até 2002 elas ocorriam a cada dois anos. Depois, passaram a ser a cada três. O papa francisco adiou a JMJ de Lisboa de 2022 para este ano por causa da covid 19. A JMJ de Manila, nas Filipinas, em 1995 entrou para o Guinnes, o livro dos recordes, como a maior multidão já registrada: 5 milhões de pessoas se reuniram no parque Luneta para a vigília e a missa com o papa são João Paulo II.
Para o papa Francisco, a JMJ Lisboa 2023 foi “sentida por todos como um dom de Deus, que voltou a colocar em movimento os corações e os passos dos jovens, muitos jovens de todas as partes do mundo – muitos! – para se encontrarem e encontrar Jesus”.
Esta JMJ, continuou o papa, “marcou um novo início da grande peregrinação dos jovens pelos continentes, em nome de Jesus Cristo. E não foi por acaso que se realizou em Lisboa, uma cidade virada para o oceano, cidade-símbolo das grandes explorações marítimas”.
Em seguida, lembrou que “na JMJ o Evangelho propôs aos jovens o modelo da Virgem Maria” com o lema “levantou-se e partiu apressadamente”.
“Assim hoje, no terceiro milênio, Maria guia a peregrinação dos jovens no seguimento de Jesus. Como fez há um século em Portugal, em Fátima, quando se dirigiu a três crianças, confiando-lhes uma mensagem de fé e de esperança para a Igreja e para o mundo”.
Francisco disse que por isso durante a JMJ voltou a Fátima, “ao lugar da aparição, e juntamente com alguns jovens doentes rezei para que Deus cure o mundo das doenças da alma: soberba, mentira, inimizade, violência – são doenças da alma e o mundo está doente destas enfermidades”.
Ele também disse que “renovamos a nossa consagração, da Europa, do mundo ao Coração de Maria, ao Imaculado Coração de Maria”.
Segundo o papa, “os jovens de todo o mundo foram a Lisboa muito numerosos e com grande entusiasmo”. “Não eram férias, nem uma viagem turística e muito menos um evento espiritual por si só; a Jornada da juventude é um encontro com Cristo vivo através da Igreja”.
Ele disse que encontrou “pequenos grupos, e alguns com muitos problemas”, como os jovens ucranianos, “que tinham histórias dolorosas”.
Para Francisco, “os jovens em Portugal já são uma presença vital, e agora, depois desta ‘transfusão’ recebida das Igrejas de todo o mundo, tornar-se-ão ainda mais”.
Para o papa, “Portugal, como toda a Europa e o mundo inteiro, precisa de esperança, uma esperança sólida e fiável. E isto não vem de qualquer jovem, mas de jovens animados pelo Evangelho, de jovens que encontraram Cristo e O seguem. Porque é Jesus Cristo, só Ele, que renova o mundo renovando o coração do homem”.
“A mensagem dos jovens foi clara: será ouvida pelos ‘grandes da terra’? Pergunto-me, ouvirão este entusiasmo juvenil que deseja paz? É uma parábola para o nosso tempo, e ainda hoje Jesus diz: «Quem tem ouvidos, ouça! Quem tem olhos, veja!». Esperemos que todo o mundo escute esta Jornada da Juventude e olhe para esta beleza dos jovens indo em frente”, concluiu.
Fonte: ACI Digital