Ministérios são marcos que sinalizam mais intensamente o serviço de doação e compromisso com a Igreja
A vocação é uma resposta de amor ao chamado de Deus. Ao longo da vida, este amor vai ganhando contornos diferentes e, em um dado momento, somos impelidos a uma forma de expressá-lo. No caso da Congregação Redentorista, por meio da consagração religiosa.
O caminho de amadurecimento vocacional, sobretudo durante a formação do Missionário Redentorista, é longo e exigente. A formação inicial dura, em média, 10 anos, passando pelos estudos de filosofia e teologia para aqueles que respondem à vocação ao sacerdócio.
Antes, no entanto, de encerrar a etapa formativa inicial, o redentorista já professo começa a celebrar o advento do sacerdócio recebendo os ministérios de leitor e acólito. Saiba mais logo abaixo!
Esses ministérios são bem antigos; já notificados desde os primeiros séculos da era cristã. Eram chamados “ordens menores” juntamente com o subdiaconato, tonsura, ostiariado e exorcistado; isso porque o diaconado, presbiterado e episcopado já eram considerados ordens maiores, mesmo que lá no início, todos fosses apresentados como serviços na Igreja.
Em 1972, o Paulo VI em seu Motu proprio Ministeria Quædam reavaliou essas designações, passando a qualidade de ministérios as antigas ordens menores.
Ficou designado também que as Conferencias Episcopais instituíssem os ministérios de leitor e acólito voltados para leigos e que não supõe necessariamente entrada no ministério ordenado.
Na formação redentorista, os ministérios de leitor e acólito são conferidos aos junioristas aspirantes do sacerdócio no terceiro e quarto ano da Teologia, respectivamente, em celebração reservada com a presença do superior provincial, formadores e demais junioristas. As funções tanto do leitor quanto do acólito estão relacionadas com presbitério.
LEITORATO
O leitor é instituído no serviço da mesa da Palavra, onde de forma oficial proclama as leituras das celebrações (exceto o evangelho); a ele também é conferida a missão de organizar a catequese e orientar o povo e sua participação na assembleia.
ACOLITATO
O acólito é instituído no serviço da mesa da Eucaristia, auxiliando o diácono e servindo o sacerdote; auxilia os ministros extraordinários da comunhão eucarística e os substitui quando necessário, bem como ajuda na sua formação.
A sua atitude espiritual, como ministro instituído, aponta para a Eucaristia, para o amor dos sacramentos, para o culto eucarístico, para a oferenda de si mesmo e para o cuidado dos outros, sobretudo, os mais necessitados e doentes (cf. Rito da Instituição dos Acólitos, n. 41).
DIACONATO
Antes de ingressar no ministério ordenado, os junioristas clérigos manifestam o desejo de fazerem profissão perpétua na Congregação Redentorista e participam de um curso com outros formandos de várias unidades da Conferência, estudando e rezando temas que nortearam a formação ao longo da caminhada vocacional.
Após esse tempo, considerando a avaliação do conselho formativo e com consentimento do governo provincial, os junioristas professam perpetuamente os votos de pobreza castidade e obediência, bem como o voto e juramento de perseverança, e solicita junto ao governo a admissão ao diaconato.
O diaconato constitui o primeiro grau da ordem e tem a função de auxiliar o presbítero ou o Bispo no serviço do altar, dos sacramentos, da pastoral e da caridade na comunidade em que atua.
De uma forma muito especial, o diácono é uma presença atuante do Bispo em sua comunidade onde, por questões de tempo e distância, não consegue estar. Desde as origens, o papel do diácono sempre teve muita relevância. Na Bíblia são explícitas as qualidades e virtudes necessárias para exercer essa missão. São elas: a fidelidade a Cristo, a integridade moral e a submissão ao Bispo.
Os ministérios de acólito e leitor, junto com o diaconato, são marcos que sinalizam mais intensamente o serviço de doação e compromisso com a Igreja.
Não devem ser vistos e vividos como trampolins para o sacerdócio, mas como fortalecimento do sentido do que é ser um em Cristo e Cristo em todos nós.
Que cada ação realizada em torno da mesa da Palavra ou da Eucaristia, esteja sempre sustentada na história de nossa Igreja que sempre se mostrou fiel, servidora, acolhedora e fraterna, com olhar voltado sobretudo para aqueles aos quais somos insistentemente enviados e que são para nós hoje parceiros de uma evangelização ampla e encarnada.
Pe. Heliomarcos Costa Ferraz, C.Ss.R,
Ecônomo do Santuário Nacional de Aparecida.
Fonte: A12