Emilia Wojtyła, mãe de São João Paulo II, disse não ao aborto sugerido pelo médico que a tratou há mais de 101 anos. Graças a ela, o mundo e a Igreja Católica agora têm um grande papa santo.
A história é contada por Maria Siwcowa, vizinha da família Wojtyła na cidade natal de Karol, Wadowice, no livro “Mais perto do coração. Esboços da juventude de Karol Wojtyła – João Paulo II” (em tradução livre). Maria conta que o então famoso ginecologista Jan Moskała diagnosticou a gravidez de Emilia como sendo de alto risco. O médico lhe disse que não poderia levar a gravidez a termo e que a criança não nasceria saudável. Por isso, aconselhou Emilia a fazer um aborto.
Esta situação foi confirmada por duas amigas de Emilia: Maria Kaczorowa e Helena Szczepańska.
A conversa com Maria Kaczorowa foi gravada em 1985 por Roman Gajczak e seu depoimento foi incluído no livro. Naquela época, Kaczorowa, idosa e já doente de cama, era talvez a última pessoa viva que conheceu Emilia.
A parteira de Wadowice, Jadwiga Tatarowa, que cuidou de Emilia durante a gravidez, estava bem ciente do risco que Karol e sua mãe corriam. Seu depoimento revela o sofrimento de Emilia ao ser aconselhada sobre o aborto pelo obstetra mais famoso de Wadowice.
O padre Jakub Gil, reitor da basílica de Wadowice naquela época, confirmou que a profunda fé de Emilia Wojtyła a fez dizer “não” ao aborto, embora ela certamente temesse por sua própria vida e da criança que carregava em seu ventre.
Moskała tinha fama de ser um profissional sério, mas também era um abortista renomado. A tal ponto que alguém chegou a escrever “A Fábrica dos Anjos” na parede do prédio onde tinha seu consultório.
Os pais de Karol decidiram então procurar outro médico, Samuel Taub, judeu, que não só confirmou o risco de complicações, como também incluiu a possibilidade da morte de Emilia. No entanto, não propôs um aborto e aceitou monitorar a gravidez.
Durante a sua visita a Wadowice em 1979, o papa João Paulo II viu a amiga de sua mãe, Helena Szczepańska, e pediu para encontrá-la naquele mesmo dia na paróquia de Wadowice, onde tiveram um diálogo.
O postulador da causa de beatificação do papa peregrino, dom Sławomir Oder, lembra que a atividade de São João Paulo II pelo bem da humanidade não terminou, pois muitas curas são produzidas por sua intercessão.
No contexto do 101º aniversário do nascimento do papa polonês, Krzysztof Witkowski, diretor do Museu da Moeda João Paulo II de Czestochowa, e Artur Witkowski, da Casa da Moeda Pontifícia de Czestochowa, anunciaram o lançamento de uma moeda cunhada em 27 exemplares, um para cada ano de seu pontificado. O dinheiro arrecadado com a venda dessa moeda irá para um grande concerto em Czestochowa e para equipar uma clínica local de atendimento aos sem-teto.
Fonte: ACI Digital