Reportagem local | Out 01, 2020
Livro didático chinês para disciplina de Ética Profissional inverte episódio em que Jesus salva, perdoa e convida adúltera a não pecar mais
O regime chinês é acusado de adulterar a Bíblia. Não bastou derrubar igrejas, arrancar cruzes e prender padres. Nem fechar escolas cristãs e invadir sistemas informáticos da Igreja Católica. Também não foi suficiente oferecer dinheiro a quem denuncia igrejas cristãs, nem ordenar que os sermões nas igrejas passem a pregar o comunismo.
Não bastou perseguir os católicos fiéis à Santa Sé e tentar obrigá-los a se filiarem à Associação Católica Patriótica Chinesa. Essa entidade, aliás, não tem nada a ver com a Igreja Católica verdadeira, porque é uma estrutura de vigilância que o Partido Comunista Chinês criou para manter os católicos sob seu estrito controle.
Não é à toa que a China garante presença em qualquer relatório sobre os países que mais perseguem os cristãos no mundo.
Agora, o regime chinês é acusado por um grupo de dissidentes de adulterar a Bíblia e falsificar a passagem da adúltera ameaçada de apedrejamento.
O que diz o Evangelho de verdade
A Bíblia verdadeira afirma que Jesus salvou a adúltera de ser apedrejada. Ele fez os acusadores se lembrarem dos próprios pecados e, assim, eles desistiram de cometer o assassinato. Em seguida, Jesus disse à mulher:
“Nem eu te condeno. Vai e não voltes a pecar”.
O regime chinês adulterou a Bíblia e o destino da mulher adúltera
Na versão “made in China“, porém, Jesus manda os acusadores embora, mas, quando fica sozinho com a mulher, afirma:
“Se a lei só pode ser aplicada por quem não tem pecado, então quem vai morrer é a lei”.
O Jesus falsificado por Pequim faz então uma coisa inacreditável, porque apedreja a mulher até matá-la! De quebra, afirma que Ele próprio também é pecador.
Livro didático para alunos de… ética profissional!
Quem denunciou a manipulação do texto bíblico foi a associação China Aid, fundada por dissidentes chineses.
Segundo a acusação, o regime comunista chinês adulterou a Bíblia e publicou a deturpação num livro didático aprovado pelo Ministério da Educação do país. Mas não é tudo. Há uma ironia adicional, porque o livro didático faz parte da disciplina de… Direito e Ética Profissional!
Considerando-se tal denúncia, o que esperar, então, de uma “ética profissional” baseada num livro que falsifica nada menos que as Escrituras Sagradas? (Aleteia, 01 Out 20).