Na oração do Ângelus de hoje, primeiro domingo da Quaresma, o papa Francisco encorajou não a dialogar com a tentação proposta pelo diabo, mas a imitar Cristo que “não faz acordos com o mal”.
“Por favor: com o mal, nada de compactuar com ele! Não se deve dialogar com a tentação, não se deve cair naquele sono de consciência que faz dizer: ‘afinal, não é grave, todos fazem assim’! Olhemos para Jesus, que não procura acomodamentos, não faz acordos com o mal. Ele se opõe ao diabo com a Palavra de Deus e assim vence as tentações”, afirmou o papa.
Diante dos inúmeros fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa pediu que “este tempo de Quaresma seja também um tempo de deserto para nós”.
Neste sentido, Francisco sugeriu dedicar um tempo “para o silêncio e a oração, durante o qual podemos parar e olhar o que está mexendo em nossos corações”.
“Façamos clareza interior, colocando-nos diante da Palavra de Deus em oração, para que uma luta benéfica contra o mal que nos escraviza, uma luta pela liberdade, possa ter lugar dentro de nós”, aconselhou.
Ao refletir sobre a passagem do evangelho de São Lucas que narra quando Cristo foi tentado no deserto, o papa contou como Jesus “se opõe às atrações do mal de uma maneira vencedora”, porque respondeu às tentações com a Palavra de Deus.
“O deserto simboliza a luta contra as seduções do mal, a fim de aprender a escolher a verdadeira liberdade. Jesus, de fato, vive a experiência do deserto pouco antes de começar sua missão pública. É precisamente através desta luta espiritual que Ele afirma de forma decisiva que tipo de Messias pretende ser”, disse o papa.
Em seguida, Francisco destacou que a Palavra de Deus diz “para não tirar proveito, não usar Deus, os outros e as coisas para si mesmo, para não explorar a própria posição a fim de adquirir privilégios”.
“A felicidade e liberdade verdadeiras não estão em possuir, mas em compartilhar; não em aproveitar-se dos outros, mas em amá-los; não na obsessão com o poder, mas na alegria de servir”, afirmou o papa.
Por fim, Francisco, encorajou a estar vigilantes, porque as tentações muitas vezes “se apresentam sob uma forma aparente de bem”. Disse que “o diabo, que é astuto, usa sempre o engano” e “sabe até se disfarçar de motivos sagrados, aparentemente religiosos”.
“Se cedemos a suas lisonjas, acabamos justificando nossa falsidade disfarçando-a com boas intenções… Peçamos a Nossa Senhora que nos acompanhe no deserto quaresmal e que nos ajude em nosso caminho de conversão”, concluiu o papa.
Fonte: ACI Digital