O Catecismo da Igreja Católica, em seu número 166, ensina que a fé “é um ato pessoal, uma resposta livre do homem à proposta de Deus que Se revela. Mas não é um ato isolado”.
A confissão da própria fé é a confissão da fé de todos na Igreja, a fé da Igreja. O credo é, justamente, a oração destinada a confessar, pessoal e comunitariamente, a própria fé. O sentido de tal ação é, por um lado, dar a adesão pessoal, de coração e mente, à fé recebida, como também dar linguagem comum ao que se crê e, consequentemente, fortalecer os vínculos de Igreja que nos unem.
E qual é o conteúdo do Credo ou Profissão da Fé? É uma síntese da Fé católica, recebida dos Apóstolos, e que a Igreja recolhe para oferecê-la aos fiéis ao longo dos anos. O Catecismo ensina que foram numerosas as profissões de fé ao longo dos séculos, e que isso se deve ao fato de que a Igreja sempre busca corresponder às necessidades das diferentes épocas.
Dois são os Credos ou Profissões de Fé que têm um lugar muito especial para os batizados e que a atualmente Igreja mais utiliza em suas celebrações litúrgicas: o Credo dos Apóstolos (comum) e o Credo Niceno-Constantinopolitano. Veja como o Catecismo explica cada um deles:
“O Símbolo dos Apóstolos, assim chamado porque se considera, com justa razão, o resumo fiel da fé dos Apóstolos. É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma. A sua grande autoridade vem-lhe deste fato: ‘É o símbolo adotado pela Igreja romana, aquela em que Pedro, o primeiro dos Apóstolos, teve a sua cátedra, e para a qual ele trouxe a expressão da fé comum’ ” (Catecismo da Igreja Católica, no 194).
“O Símbolo dito de Nicéia-Constantinopla deve a sua grande autoridade ao fato de ser proveniente desses dois primeiros concílios ecumênicos (dos anos de 325 e 381). Ainda hoje continua a ser comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente” (Catecismo da Igreja Católica, no 195).
Não há uma norma estabelecida para que se use um ou outro Credo e muito depende da tradição e dos costumes dos países ou grupos de fiéis. Em alguns lugares, se prefere a oração do Credo dos Apóstolos pelo fato de ser mais curto, reservando-se o Credo Niceno-Constantinopolitano às celebrações mais solenes ou especiais.
Nos últimos anos, porém, em vários lugares vem-se optando pela oração do Credo Niceno-Constantinopolitano de modo ordinário, e não somente para certas ocasiões, pelo fato de que para os fiéis ele discorre sobre as verdades de fé de um modo mais explicado, e assim fortalece a experiência de compenetração nos diversos aspectos da Fé da Igreja.
Fonte: A12
Precisamos depositar a nossa fé em mãe Maria cheia de graça