Seu cônjuge é ateu? Faça este exercício com ele

Edifa | Set 16, 2020

Existem muitos casais que compartilham tudo, exceto a fé. Se você está em tal situação e isso é uma fonte de sofrimento para você, faça este exercício sozinho ou com seu marido ou esposa

Muitos depoimentos aludem à dificuldade de viver com o cônjuge que não compartilha das mesmas crenças religiosas. “Meu marido é ateu e é difícil para mim viver assim. Ele me diz que a religião é para os fracos e que é difícil para mim ser totalmente feliz em minha vida de casal porque não me sinto reconhecida nesta dimensão espiritual de minha vida. Rezo por ele, mas não vejo mudanças e isso me entristece e desanima”. “Minha esposa me acompanha à missa de vez em quando para que seja um momento familiar, pois ela sabe que eu preciso, o que valorizo ​​muito. Mas vivo minha fé sozinho, quando adoraria muito compartilhá-la com ela. Estou sempre fazendo coisas na paróquia, mas isso não preenche a carência que sofro. No entanto, sei que minha esposa me ama.”

Essa disparidade conjugal na vida espiritual muitas vezes acarreta um sofrimento genuíno – de ambos os lados – que pode levar a uma profunda insatisfação e até mesmo ao desânimo. Como viver esta situação de uma forma mais serena e, porque não, de forma positiva?

Uma oportunidade de aceitar o diferente

Os ateus, em geral, têm uma função interessante para os crentes: eles os colocam na necessidade de aprofundar sua fé e os forçam a viver profundamente seus valores cristãos. Eles certamente podem ficar felizes à esse respeito. Se o seu cônjuge é ateu, faça você mesmo as seguintes perguntas: “Eu, que sou cristão/cristã, como sinto os benefícios do Evangelho? E o amor ao próximo? E mais especificamente, o amor do meu cônjuge?”

Seu cônjuge é ateu. Tá bem. Mas, não é outra coisa mais? Faça uma lista, de lápis na mão, com todos os aspectos que você valoriza no seu parceiro e relacione-os à situações específicas: meu parceiro é uma pessoa carinhosa, delicada, sensível, atenta, conscienciosa, habilidosa, inteligente, profunda, divertida, respeitosa, pontual, reservada, comunicativa, corajosa, exigente? A lista pode crescer cada vez mais. Mas se sua lista é desesperadamente curta, pesquise bem, você não se casou com aquele homem ou mulher por esse punhado de qualidades. Seu desapontamento com relação às suas diferentes considerações espirituais não deve esconder toda a profundidade que seu cônjuge possui.

Este exercício pode ser feito individualmente por cada um dos cônjuges e pode ser um desenvolvimento muito construtivo ao compartilhá-lo mais tarde. É uma oportunidade de aceitar as diferenças um do outro e agradecer por essa diversidade conjugal. É uma bela maneira de amar um com o outro. Porque todo aquele “que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 Jo 4,7).

Marie-Noël Florant

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